Renato Noguera

Renato Noguera é Professor do Departamento de Educação e Sociedade (DES), do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEDUC) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Pesquisador do Laboratório de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (LEAFRO). Noguera coordena o Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias (AFROSIN), doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Noguera está envolvido com alguns projetos de pesquisa, tais como: O que as crianças pensam sobre a escola: imagens, palavras e infâncias na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, e, “Modernidade” na perspectiva da Crítica da Razão Negra; coordena o projeto de Extensão Brinquedoteca Pedagoginga. Noguera também é autor, roteirista e consultor.

 

LINHA DE PESQUISA

  • Linha 3: Educação e Diversidades Étnico-Raciais.

 

GRUPO DE PESQUISA

  • Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias – AFROSIN

Coordenação: Renato Noguera e Luciana Pires Alves.

AFROSIN (Grupo de Pesquisa Afroperspectivas, Saberes e Infâncias) é um grupo de pesquisas que defende o pluralismo racial, a afirmação das diferenças, o combate do racismo através de múltiplas formas e em várias esferas, buscando contribuir para que os fenótipos de todas populações que compõem a sociedade brasileira estejam no mesmo patamar social, político, ético-moral, estético e afetivo. AFROSIN pretende através de suas cinco linhas de pesquisa incentivar, promover, desenvolver, divulgar e implementar investigações e parcerias com outros setores da sociedade com o objetivo de promover equidade étnico-racial. AFROSIN integra o Laboratório de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da UFRRJ, reúne um grupo de pessoas de várias instituições interessadas em desenvolver pesquisas nas áreas de Ciências Humanas, reunindo UFRRJ, UERJ e UFF.

 

PROJETOS DE PESQUISA

  • Docências Compartilhadas, Formação Continuada e a Lei 10.639/03: O Papel das Culturas Urbanas em Escolas Públicas de Diferentes Regiões Periféricas.

Período: (2022 – Atual)

A pesquisa visa construir uma epistemologia interseccionada e transversal entre ciências e humanidades com base na história e culturas africana e afro-brasileira, e outras praticadas no território urbano periférico, de modo a contemplar a diversidade étnico-racial do país no âmbito da formação escolar e garantir a efetivação da Lei 10.639/2003. O objetivo é desenvolver um conhecimento transdisciplinar em sala de aula, por meio de pesquisa teórica e de campo, com docentes da rede básica, arte-educadores e pesquisadores das universidades do sudeste e nordeste. Com ênfase na democratização do ensino, pretende-se criar novas estratégias pedagógicas críticas (D’Ambrosio; Freire; Libâneo; Giroux; Duncan-Andrade & Morrel), anticoloniais (Souza; Santos; Krenak; Fanon) e decoloniais (Segato; Maldonado-Torres; Walsh), que sejam culturalmente relevantes (Nascimento, A.; Nascimento, B.; Gomes; Carneiro; Lamont-Hill; hooks). A hipótese é a de que a qualidade do ensino público depende, não apenas de satisfazer necessidades básicas de aprendizagem, ou mesmo aliviar a pobreza, mas também oferecer um currículo que favoreça a permanência discente na escola e o diálogo com os saberes e práticas socioculturais de populações historicamente invisibilizadas. O grupo de pesquisadores desenvolve práticas pedagógicas culturalmente relevantes há mais de dez anos, tendo sido a proposta da FEUSP adotada como política pública de formação de professores pela Prefeitura de São Paulo, em 2015. Por meio de uma plataforma digital, pretende-se integrar redes de colaboração entre as experiências de São Paulo, com o Ensino Fundamental II e Médio (FEUSP, IFUSP), do Rio de Janeiro (UFRRJ, UERJ), com o Ensino Fundamental I e da Paraíba (UFPB e UEPB), com os três níveis de ensino. A metodologia envolverá docências compartilhadas entre professores do ensino básico, arte-educadores e pesquisadores em 08 escolas públicas, que darão subsídios para epistemologias e práticas de ensino transdisciplinares.

 

  • O Que as Crianças Pensam Sobre a Escola: Imagens, Palavras e Infâncias na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

Período: (2019 – Atual)

Quais as relações entre a escola e a(s) infância(s)? Entre a escola e as crianças? De maneira geral, como a infância tem sido pensada e tratada pela escola? O que as crianças têm a dizer sobre suas infâncias no contexto escolar? O que as crianças pensam da escola? As suas considerações não são relevantes? Durante muito tempo a fala das crianças foi interditada, à medida que a infância foi descrita e justificada como uma fase que deveria ser necessariamente superada. “Fazendo referência à difundida metáfora da criança como tábula rasa e, assim, objeto de socialização dos adultos, esse paradigma passa a fundamentar e justificar a função socializadora da escola moderna” (ARENHART, 2016, p. 22). Nosso interesse é estabelecer canais de diálogos para compreender pontos de vistas de crianças a respeito das instituições de ensino de Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, analisando se na perspectiva desses sujeitos o projeto da escola moderna ainda está presente no imaginário e na estrutura de muitas escolas brasileiras e o que podemos fazer para criar outras formas de experimentar a escola. Pretendemos desenhar as produções que se dão no encontro no que se faz nas relações diretas com as crianças e no encontro entre quem pesquisa para elaboração de textos e proposições em diferentes instancias e mídias, dessa forma nos perguntamos: Quais saberes se alimentam das infâncias e se atêm às crianças? Quais meios de identificar ou de definir a infância no interior de uma cultura? Por que matrizes normativas enquadramos os comportamentos característicos ao que conhecemos por infância? Quais são os modos de ser criança? Quais as experiências possíveis de infância? Como a escola tem se relacionado com as infâncias? As relações étnico-raciais, de gênero, de classe social, de inclusão, de orientação religiosa têm sido trabalhadas de que formas na escola? Objetivos e metas • Identificar e debater os significados e sentidos dados pelas crianças à escola partir de diferentes contextos e territórios • Discutir, a partir de uma abordagem enunciativo-discursiva, como os sujeitos da pesquisa – as crianças – percebem-se a si mesmas em seus contextos escolares. • Análise comparativa das demandas infantis para a escola – ponderando diferenças entre crianças indígenas, quilombolas, negras e brancas.

 

  • Modernidade na Crítica da Razão Negra.

Período: (2016 – Atual)

A pesquisa problematiza o conceito de modernidade e suas implicações a partir das reflexões filosóficas do pensador camaronês Achille Mbembe.